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sexta-feira, 1 de maio de 2009

DER BAADER MEINHOF KOMPLEX (Alemanha 2008)


Optei aqui por analisar o filme sob o referencial dos personagens centrais, já que a alta dosagem de conteúdo ideológico vai conduzir em cada espectador os juízos de valor de acordo com sua orientação política. Independente deste fator, Baader-Meihof Complex merece ser visto como um bem sucedido documento histórico-ficcional, sobre membros diferenciados de uma juventude esclarecida, estudada e determinada a mudar o mundo a qualquer custo.

O grupo Baader-Meinhof nasceu da indignação de parte dos segmentos de esquerda da sociedade alemã nos anos 60, traumatizada pela experiência nazista e sufocada pela escalada das políticas totalitárias do governo de extrema direita. Apresenta o surgimento, ascensão e queda do grupo liderado pelo casal Andreas Baader (Moritz Bleibtreu) e Gudrun Ensslin (Johanna Wokalek), e a jornalista lrike Meinhof (Martina Gedeck), que optam por reagir na mesma medida da opressão estatal, passam a ser cultuados como símbolos de liberdade promovendo roubos, atentados e associando-se a organizações insurgentes de outras partes do mundo.

O longa traz uma interessante crítica à psicodinâmica de um coletivo muito influenciado pelo culto à personalidade de seus líderes e uma mostra local das consequências desastrosas de políticas totalitárias e dos excessos cometidos pelos próprios insurgentes.

A narrativa do experiente Uli Edel, diretor de clássicos como Eu, Cristiane F. (1981) e Corpo em Evidência (1993), foi fundamentada no livro O Grupo (1985), do jornalista Stefan Aust, conteúdo que estimula mais ainda a dúvida sobre a veracidade de alguns períodos como o de confinamento, onde documentos oficiais foram as únicas fontes (veja o trailer).

FRASES MARCANTES:

"Foi a instauração do totalitarismo que permitiu o avanço de Hitler. Temos uma responsabilidade histórica de não deixar isso acontecer de novo."

"Achamos errado discordar e não fazer nada para mudar".

"Estamos formando um grupo, mudaremos a situação política".

"Quando uma pessoa atira uma pedra é um delito desculpável. Quando mil pedras são arremessadas é um ato político".

"Você acha que pode brincar de Hobin Hood e sair de mãos limpas?"

sexta-feira, 17 de abril de 2009

THE BOY WITH THE STRIPED PAJAMAS (Reino Unido / Estados Unidos 2008)


Tocante em altíssimo grau. Um filme sobre a curiosidade e a resistência de uma mente forte que insiste em descobrir o que há por trás da unanimidade.

Aos oito anos, Bruno (Asa Butterfield) adora correr de braços abertos ao lado dos amiguinhos de escola. Eles se imaginam compondo uma esquadrilha dos famosos caças Messerschmith, uma das principais armas da Alemanha nazista da Segunda Guerra Mundial. Ele personifica o orgulho de uma Alemanha conquistadora como membro de uma família digna de comercial de margarina, perfeita, vivendo como filho de um bem sucedido oficial da SS que recebe uma promoção e é obrigado a mudar-se, levando toda família para as proximidades do campo de concentração que passa a comandar.

A partir daí, não há como imaginar que a idealização de The Boy with the Striped Pajamas não teve como principal motivação a vontade de fazer um La Vita è Bella do outro lado do muro dos campos de concentração. Longe de desqualificá-lo, essa possibilidade apenas engrandece a eficiência de seu roteiro adaptado com alta carga de dramaticidade.

Quando uma cerca de arame farpado permite que o filho do oficial da SS, perceba um intrigande menino de pijama listrado, uma comovente viagem pela essência de todos os seres humanos e suas nuances comportamentais é iniciada. O tenso desfecho apenas ratifica o quanto a submissão do homem pelo homem é estúpida. O pano de fundo da II Grande Guerra ajuda o significado filme a transpor o acetato convidando à reflexão em torno das grandes injustiças mundias e crimes contra a humanidade em curso no presente (veja o trailer).

FRASES MARCANTES

"Como é lá na fazenda?"

"O trabalho que o seu pai está fazendo aqui é a História em ação".

"Papai é bom, não é? Só está comandando um lugar horrível".

"A questão é que as pessoas que você vê, elas não são pessoas de verdade".

"Não é incrível como os adultos não sabem o que querem? Pavel era médico, mas largou tudo para descascar batatas".

"Sentiu aquele cheiro horrível de novo saindo das chaminés?"